31 julho 2011

Sedução ou Síndrome de Don Juan?

Hoje comecei a pesquisar um pouco sobre mim mesmo.

Sou apaixonado pelo arte da conquista. O olhar, o cheiro, a conversa... O mundo novo que a pessoa nos traz, as experiências, a bagagem... Sou simplesmente apaixonado por essa arte.

Mas me dei conta de que eu não consigo ficar apegado a ninguém. Estou sempre em busca de novas conquistas, maiores desafios. Uma verdadeira compulsão.

Ultimamente, das pessoas com quem tentei manter um relacionamento, me desapeguei assim que consegui o que queria. E eu só conseguia ficar nervoso, apaixonado, com a boca seca, coração acelerado por alguém que me parecesse difícil, cuja conquista seria um desafio maior. Pessoas de longe, homens que de certa forma me ignoraram, aqueles que não se entregam fácil...

Uma verdadeira competição. Comigo mesmo.

Então, pesquisando na internet, descobri a "síndrome de Don Juan".

Nela, ao Don Juan só interessa o instante do prazer e o triunfo sobre sua conquista, quanto mais difícil mais interessante. Pesquisadores dizem que que o narcisismo dessas pessoas é uma das características mais marcantes, ao ponto delas amarem muito mais a si mesmas que a qualquer outra pessoa conquistada.

As pessoas facilmente se apaixonam por eles, entretanto, o indivíduo com a síndrome logo se apercebe de que o parceiro ou o relacionamento não há mais graça e, por fim, acaba por abandonar a pessoa.

Pesquisadores relacionam essa síndrome com a síndrome de Édipo mal ou não elaborada, causando sentimentos de culpa por um desejo proibido incestuoso, recalcado no inconsciente.

Não raro, a síndrome associa-se a uma personalidade fria e insensível para com os sentimentos alheios, cujo próprio interesse momentâneo é o objetivo maior. Sendo assim, são pessoas frequentemente egoístas e com uma grande sensibilidade à monotonia.

De fato, parece que eles não experimentam com o amor o mesmo tipo de sentimento que as demais pessoas. O amor neles é um sentimento fugaz, passageiro e que, continuadamente, tem o objeto alvo renovado.

Obviamente tenho traços dessa síndrome de Don Juan. É triste! Precisa ser tratado.